quinta-feira, 6 de maio de 2010

BRASIL: o melhor país do mundo parte 1 de 2

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Farra dos pedágios em São Paulo

Rodovias estaduais de SP terão 28 novos pedágios até o fim do ano - CARL...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Concessionária cobra pedágio até de carro guinchado

Concessionária cobra pedágio até de carro guinchado


Um caso de descaso cometido por um funcionário da Concessionária Rodovias do Tietê S/A, aconteceu na tarde deste domingo, no km 285 da Rodovia Marechal Rondon, dois quilômetros após o pedágio do município de Areiópolis, entre 14 às 15 horas. Uma família (dois casais e uma criança de seis anos de idade), que serão mantidos em sigilo, viajavam em um carro modelo Logus e ao chegar no citado km, estourou o rolamento da roda traseira esquerda.A Concessionária foi acionada e o atendimento telefônico feito por uma mulher de nome Adriana, que foi gentil em todos os aspectos. O socorro (caminhão guincho) chegou em, aproximadamente, 15 minutos. E foi aí que começou o drama dessa família.Sempre usando tons ríspidos, como se estivesse incomodado em ser acionado àquela hora, o funcionário alegou que levaria o carro, mas teria que deixar a família ali naquele trecho da rodovia. Depois de muito conversar ele “aceitou” em levar todo mundo. Com o carro guinchado no caminhão da Concessionária, ele passou pelo pedágio e fez com que o proprietário do veículo pagasse a tarifa alegando que, embora o automóvel estivesse guinchado pela própria empresa que explora a tarifa, o pedágio tinha que ser pago. Era esta, segundo ele, uma determinação expressa da empresa.Já no Posto de Gasolina Hudson, antigo Posto Boa Esperança, ele levou o carro até um mecânico que dizia ser seu amigo e iria resolver o problema (foto). Ao chegar, ele procurou esse mecânico e conversou, reservadamente, por alguns minutos. Depois disso, o mecânico alegou que só para avaliar o problema teria que cobrar uma taxa de R$ 50,00. Questionado sobre o valor da troca do rolamento, ele alegou que para dar o preço teria que desmontar o carro e só então diria quanto ficaria o conserto pela mão de obra, sem contar o valor do rolamento.Indignada, a família optou por não fazer nenhum serviço e ligou para o Guincho do Polo em Botucatu, que foi buscar o veículo. Se o carro ficasse no posto a família teria que pagar o preço que o mecânico pedisse, já que ele desmontaria parte do carro. Isso, sem contar os R$ 50,00 pedidos inicialmente apenas para fazer uma avaliação do problema, sem usar nenhum tipo de ferramenta.Na manhã desta segunda-feira a reportagem do Acontece entrou em contato com a Concessionária Rodovias do Tietê S/A (0800-770-3322) e foi atendida por uma funcionária de nome Adriana, curiosamente, a mesma pessoa que atendeu o apelo de socorro feito um dia antes quando o carro ficou parado no km 285 da Rondon. Ela se inteirou da situação, lembrou de ter atendido o apelo (inclusive citou o nome completo do proprietário do veículo que estava na ficha de serviços prestados) e adiantou que iria passar o caso para que a Ouvidoria tomasse ciência. Pediu para que a reportagem fizesse uma ligação interurbana para o telefone (15) 3285-4100 e falasse com a ouvidora de nome Cristine. Porém, como a reportagem questionou em fazer o interurbano, ela garantiu que a ouvidora da Concessionária iria entrar em contato para saber o que havia acontecido, o que não ocorreu. O nome do funcionário também não foi fornecido. A reclamação está protocolada na empresa Concessionária sob o número 219.A direção do jornal decidiu tornar público essa situação já que este pode não ser um caso isolado e outras pessoas podem ter reclamações a fazer, principalmente com relação ao tratamento que recebem dos motoristas dos caminhões guinchos que, por motivos diversos, acabam não chegando ao conhecimento da direção da Concessionária, acarretando reincidências.
fonte: www.acontecebotucatu.com.br

sexta-feira, 26 de março de 2010

Trocadalhos do Carilho...

Eu como camarão, o presidente Lula.Eu uso faca, o José Serra.Eu prefiro a quina, o Ayrton Senna.Eu uso capuz, o Willian BonnerEu gosto da Ivete Sangalo, o Brad Pitty.Eu disse credo, o Oswaldo Cruz.Eu quero guerra, a Bárbara Paz.Eu mando ele, o Nelson Mandela.Lá secou longe, Alice Cooperto.Que Deus olhe por mim e que Celso Portiolli.Eu sou mano, o Max Brod.Eu quebro mansões,mas Tati Quebra Barraco.Ao ver uma modelo você fala que ela é bonita. O Miguel Falabella.Vou à Benim, a Mel Lisboa.Eu prefiro o batman, o Luciano Huck.A minha sandália é velha, a da Penélope Nova.Eu não uso drogas, o Cazuza.Eu sou brasileiro, o Renato Russo.Eu tenho tigre, a Nara Leão.Tem gente gente que fala de morte, o Capitão Nascimento.Eu como torrada no café da manhã, o Japão.Eu vou embora, mas John Travolta.O Steve Vai onde a Adriana Esteves.Eu gosto de Chapolin, o Hugo ChávezEu prefiro ônibus. O James Bond.I prefer the number eight, Lenine.Eu pinto retratos,o Jânio Quadros.Eu caminho, a Irlanda.Eu bebo café, a Cláudia Leitte.Você escreve, enquanto eu e a Ruth Lemos.Meu colar é comprado, o da Nelly Furtado.Jogaram grãos no chão para a Patrícia Pillar.Eu prefiro a guerra, a Juliana Paes.Em mim não dói, mas no Oscar Roberto Godoy.Eu lavo o cabelo com Seda, o Eric Johnson.Adoro comer maçã, a Dani Bananinha.Eu escuto ipod, já o Geraldo Walkman.Eu não faço, mas a Beth Faria.Eu sou uma pessoa sacana, o Roberto Justus.Eu nunca vi o mau, porém o Bon Javi.Eu durmo tarde, mas o Seu Madruga.Eu gosto de cereja, a Camila Pitanga.Prefiro vinho tinto, a Déborah Secco.Yo no hablo español múy bién, pero Galvão Bueno.Eu prefiro o Dipsy, o Edgar Allan Pô.Eu não queria sair, mais a Cássia Kiss.The TV set is blue, but Radiohead.Gosto de falar sobre vida, Trobar de Morte.Eu vou comer camarão, o Nicola Siri.Vou me casar ano que vem, a Marjorie Estiano.Eu gosto de Brahma, o Johann Strauss.Vou comprar um Passat, o Carlos Santana.Torço pelo Flamengo, a Ana Botafogo, o Silvio Santos, o Marcos Palmeira, o André Vasco, o Irwin São Paulo e o Stanislau Ponte Preta.Eu tenho um tigre, o Émerson Leão.Eu tenho uma casa pequena. O Carlos Casagrande.Eu prefiro ciclone, a Hilda Furacão e o Tony Tornado.Minha parte preferida do corpo é o pescoço, a do Nikolai Gogó.Gosto de comer torresmo, o Kevin Bacon.Eu queria me chamar Francisco, o Erasmo Carlos.Eu crio foca, o Paulo Morsa.Cortei gramados, o André Matos.Meu pai gosta de fusca, a Rita Cadillac.Eu assisto ao Campeonato Paulista, o Ronaldinho Gaúcho.Vou vender xícaras, a Glória Pires.Eu adoro chiclete, o Carlinhos Bala.Eu cuido do meu corpo. O Tim Maia.Não quero ir à quadra, mas a Rih tá ali.Todos só morrem uma vez, mas a Alanis Morissette.A Maria é da cidade, o Martinho da Vila e a Vanessa da Mata.Você faria papel de trouxa? O Reginaldo Faria.Eu não tenho um desses, mas o Quarentinha um.O Pateta usa o teclado. o Mickey Mouse.Eu escovo os dentes 3 vezes ao dia. O Joãozinho Trinta.Eu como pitanga, o Paulo César Caju.Eu gosto de chá gelado. O Clark Kent.Eu prefiro tubarão. A Cláudia Raia.No filme, preferi o Harold Oxley, a Norah Jones.Eu como carne, o Felipe Massa.Eu amo inverno, a Vera Verão.Já que você não quis usá-lo, Muse.Eu não sinto, mas o 50 Cent.Eu uso metal, o Leo Madeira.Gosto mais de cães, o Villa-Lobos.Eu sou odiado, o Jorge Amado.Eu prefiro Bom Bril, o Bob Esponja.Eu gosto do produtos Garoto, o John Couch Adams.Eu conto meses, a Cameron Diaz.Ele cria galinha. O Paulo Coelho.Eu toco trombone, o Adolphe Sax.A Angélica ganhou o prêmio Celebridade do Ano, o Alfred Nobel.Eu fujo. O Chiquinho Scarpa.Eu uso telefone convencional. O Édson Celulari.Eu acordo mais tarde do que deveria e o Edir Macedo.I prefer to play in the backyard, George Sand.Minha cor favorita é azul, Giuseppe Verdi.Prefiro usar Hering, o Ernst Mach.Meu primo é instrumentista, o Georg Cantor.Meus animais favoritos são rinoceronte e avestruz, Ruggiero Leoncavallo.Eu vim de Moscou, o Erasmo de Roterdã.Eu prefiro presunto, o Nicolas CageEu queria ver de perto a Estátua da Liberdade, o Gustave Eiffel.Eu amo Honda, o Karl Benz e o Andre Citroen.Gosto de tocar teclado, o Giuseppe Peano.Sempre peço Burger King, o Ramsay MacDonald.Yo tengo poca, Alfons Mucha.Meu sobrenome é pereira, o do Fausto Silva.Yo tengo capa roja, Jose Raul Capablanca.I’m only going to be back tomorrow morning, but Arnold Bax before 10pm.Eu fumo. O Celso Pitta.Yo tengo un pezon, George Patton.Eu gosto mais de escutar, o Manuel de Falla.Geralmente, para pintar, uso Tigre, Rick Renner.Nunca veria uma coisa dessas, já o Lavrenty Beria.Eu tenho machucado no dedão, a Frida Kahlo.Para pescar, uso rede. A Theda Bara e o Che Guevara também.I prefer a regular day, Billie Holiday.Eu gosto de Heavy Metal, o Walther Funk.I always dreamt about going to Saturn, Harpo Marx.Não fui eu quem coou, o Nat King Cole.Eu quero um diamante, o Jack Ruby.I usually change the volume, Coco Chanel.Comigo ainda não deu, mas com o Fernandel e com o Kurt Godel também.That girl is my daughter, Jim Morrison.Prefiro o Citröen C3, o Pablo Picasso.Você já morou em Paris? A Marilyn Monroe.Nas últimas eleições, votei Terry, Vannevar Bush.Numa partida de xadrez, eu fiz a jogada do roque, o Chiang Kai-shek.Sou mentiroso, o Francisco Franco.Moro perto de lagoa, o Graham Hill.Sou baixo, o Alvar Aalto.Aquele rapaz é o príncipe, o Del Rey.Escrevi uma norma e uma regra, o Elvis Presley.Aquela mulher nunca viveu lá, mas o Aldo Moro lá por muitos anos.Pessoas normais têm boca, mas o Steve Biko.Segui caminho, Nino Rota.Eu não captei, mas o Eric Képtou.I traveled East, Kanye West.Eu não esperei, mas o Jack Sparrow.Minha equipe é a Ferrari, a do Hank Williams.I prefer orange, but John Lennon.Eu uso Havaianas, a Tomb Raider.Construo viadutos. Marcos Pontes.I usually go home before she comes, but Tom Waits for her.Eu pinto paredes, o Jânio Quadros.Eu amo azul, o Samuel Rosa.Sempre gostei mais do Taffarel, o Caetano Veloso.Creio em São Francisco, o Mongo Santamaria.Eu sou honesto, o Sérgio Mallandro.Eu taco barro, o Dalai Lama.Não moro em Pindamonhangaba, o Wagner Moura.Eu abasteço com gasolina, o Vin Diesel.Eu chego cedo, o Diego Tardelli.Eu não gosto de pecar, mas a Débora Kerr que o Gregory Peck.Gosto de cachoeira, o Edu Ribeiro.Eu estou perto de casa. O Silvester Stalonge.Desse aí eu não tenho, mas o Frankstein.Fico de perto, o Tom Delonge.Gosto de azul, a Chapeuzinho Vermelho.Eu sou bom, o Lobo Mau.Eu não faço exercício, mas o Tim Maia.Prefiro sobremesa doce, a Wanessa Amargo.Fulano afirma, mas o Arnold Schwarznega.Eu faço coco, o Gilberto Barros.Eu não vou furar, o Juca Kfouri.Eu prefiro Sandy, o Caio Júnior.Você não viu aquilo? Mas o Clodovil.Eu sou de Belo Horizonte. O Dinho Ouro Preto.Eu pulo do barranco, o Luciano do Valle.Sei tocar violoncelo, o Ben Harpa.Nunca zerei Super Mario, mas o Nx Zero.O pai da Malu Mater é o Malu FatherEu dou 3 reais por um pacote de pipocas, o Leonardo da Vinci.Errei 5 questões na prova, o Kaká Rosset.O Batman fez o seguro do carro porque tem medo que Robin.O Chris Brown não atravessou a rua porque ele não kiss kiss.A minha impressora imprime em preto, mas a do Fernando em Collor.O Lula não sabe de nada, mas o Gilberto KassabEu já escalei montanha, a Marta Rocha.Eu uso a cabeça, o Salvatore Cacciola.Eu vou para Buenos Aires, o Fábio Assunção.Eu limpo com sabão. A Maria Cândida.Ele faz macumba. A Ana Maria Praga.A Maria prefere MPB. O Zeca Pagodinho.Meu Ford não tem espaço. O Fiat StiloGol é carro muito pobre. O Opala DiplomataEu já cacei uma capivara. A Juma MarruáI like the summer. Marcos WinterA Vitória gosta de jacarandá. O Marcos PalmeiraTenho férias em dezembro. O Cláudio MarzoO Tenório tem um Puma. A Luciene AdamoEle sempre gostou de almimentos com vitamina. A Lilian With FiberEu tomo Biotônico Importado. O Ary FontouraO Sílvio gosta de Azul escuro, o Roberto MarinhoEle corta com serra, o Renato MachadoNo meu bolso cabe dinheiro, no do Jucelino KabitschekEu não matei. Mandei o Mauricio Mattar.Você não tem. O Frankenstein.Eu vou à igreja e o Otávio Mesquita.Eu encho o balde. O Valderrama!Eu fui preso e o Gugu Liberato.Minha origem é Inca e a do Tim Maia.Na estrada eu peguei o ônibus, o Djavan.Traga um cavalo que a Marisa Monte.Eu como maçã, a Marília Pêra.Cachorro late, academia.Eu não dou, o Canadá.João era pipoqueiro, o Zeca Baleiro.Eu vou ao Shopping, o Walter Mercado.Eu gosto de loira, o Jesus Negão.Eu gosto de sopa, o Felipe MassaEu fui ao correio por um pacote, o George Harrison foi Paul McCartaney.Eu não estou, o Ringo Starr.Eu estou escrevendon, o John Lennon.Na minha casa tem piscina, vem Canadá.
Não riu de nada disso?
O Damon Hill.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ehh Brasil

Você está pagando para ‘lustrar’ a imagem de Dilma

Sim, caro leitor. Você não sabe, mas está saindo do seu bolso um naco da verba que ajuda a envernizar a imagem da ministra-candidata Dilma Rousseff.

Deve-se à repórter Marta Salomon a descoberta: o Planalto usou R$ 2 milhões da verba extraída do bolso do contribuinte para bancar um lote de pesquisas.

Nas sondagens, aferiu-se a popularidade de programas que servem de esteio para a campanha presidencial de Dilma.

Bancados pelos brasileiros que estão em dia com o fisco, os pesquisadores foram às ruas no ano passado.

Produziram-se relatórios que indicam "patamares elevados de desconhecimento" de algumas das principais vitrines do governo. Entre elas PAC e o pré-sal.

Num dos textos, de maio de 2009, anotou-se que era "escassa" a memória do público em relação à publicidade do PAC.

Algo que levou o secretário-executivo da Secretaria de Comunicação da Presidência, Ottoni Fernandes Júnior, a concluir:

"[O PAC] é um programa que tem caráter abstrato e não estava no centro da publicidade institucional".
Os estrategistas do governo foram informados também acerca da "forte desconfiança" da platéia em relação ao programa, sobretudo dos mais ricos.

O Instituto Meta, que participou da empreitada, reproduziu em relatório uma resposta recolhida de entrevistado:

"De certa forma, ele está usando o PAC para eleger a Dilma", anota o documento, de novembro de 2009.

Informa que, entre os entrevistados que já tinham ouvido falar do PAC (menos da metade dos ouvidos), mais de 70% não conhecem suas obras.

Em contraste, um percentual semelhante da população disse conhecer o Minha Casa, Minha Vida, programa que se propõe a entregar um milhão de moradias populares.

O governo "descobriu", de resto, algo que os institutos indepentes já haviam informado sem que o bolso do contribuinte tivesse sido molestado:

A avaliação positiva do governo é mais concentrada nas famílias com renda de até dois salários mínimos, principalmente no Norte e Nordeste.

À medida que o entrevistado aumenta de renda decai o conceito de Lula e do governo dele.

A corrupção serve de tônico para a avaliação negativa. O relatório de novembro ligou o fenômeno à crise do Senado.

O texto fez menção ao "apoio público do presidente Lula a Sarney, principal alvo das denúncias".
Signatário da avaliação, Flávio Silveira aventurou-se explicitamente na seara eleitoral. Num flerte com o óbvio, ele escreveu:

“Não se sabe ao certo o teto do crescimento [de Dilma] e isso vai depender de vários fatores, como a transferência de votos de Lula".

Retorne-se ao início: você, caro leitor, seja eleitor de Serra, de Ciro, de Marina ou da própria Dilma, financiou essa brincadeira.



Escrito por Josias de Souza às 18h38

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A farra dos pedágios

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


O avanço vertiginoso da implantação de praças de pedágio nas estradas paulistas tem chamado a atenção e causado a indignação da população do Estado, não só de quem utiliza tais rodovias, mas também das pessoas que compreendem que o dinheiro deixado nas cabines dos pedágios é posteriormente cobrado dos consumidores de mercadorias das prateleiras dos supermercados, em especial nos produtos da cesta básica, aumentando com isso o custo de vida em São Paulo.Já são mais de 160 praças de arrecadação sem contar as dezenas que estão sendo implantadas. Em algumas regiões, esses pedágios chegam ao absurdo de dividir cidades ao meio obrigando os seus moradores a pagar para ir à padaria, levar os filhos à escola, ir para a igreja, ao trabalho ou ao posto de saúde, como é o caso do pedágio instalado no km 26 da Rodovia Anhanguera e nas 13 praças erguidas no Rodoanel Mario Covas. A reclamação também é endereçada ao governo federal, que vem pedagiando as rodovias federais como a Régis Bittencourt e a Fernão Dias sendo que, nesta última, ao menos em duas cidades paulistas (Vargem Grande Paulista e Mairiporã), a concessão também impõe a danosa consequência da divisão a elas, mesmo com valores inferiores aos cobrados nas rodovias estaduais.Tudo isso sem contar com os altíssimos e escandalosos preços cobrados pelas concessionárias, muitas delas controladas por grandes empreiteiras, financiadoras de campanhas de governadores e deputados. Os moradores de Indaiatuba, por exemplo, são obrigados a pagar R$ 17 para irem a Campinas. O paulistano que seguir para as cidades da Baixada Santista será extorquido em mais de R$ 20 para percorrer, na média, 80km. Matérias publicadas recentemente pela imprensa diária mostram claramente os abusivos preços cobrados dos cidadãos e os estratosféricos lucros das empresas concessionárias.A Artesp, que deveria controlar e coibir esse assalto em praça pública contra a população, não passa de uma avalizadora dos interesses das milionárias empresas concessionárias agraciadas com estradas construídas pelo dinheiro público.No entanto, temos, pela Assembleia Legislativa de São Paulo, acionado os ministérios públicos estadual e federal para que o direito constitucional de ir e vir e de livre locomoção sejam garantidos, bem como a Lei Estadual 2481/53, ainda vigente e que proíbe a cobrança de pedágio num raio de 35 km a partir do marco zero da cidade de São Paulo, seja respeitada. Temos mais de 12 praças de pedágios na região da Grande São Paulo violando essa legislação.A sanha privatista do atual governo estadual parece não ter limites e certamente compõe o DNA político e ideológico do tucanato, que levou recentemente o governador José Serra a anunciar o pedagiamento do Rodoanel, trecho sul, que ainda está em construção, obra esta feita com o dinheiro dos suados impostos e que será entregue de mão beijada para o capital privado. Já se paga o IPVA e tantos outros impostos justamente para que o governo mantenha as estradas em condições adequadas de segurança e manutenção. Essa é uma das funções do estado.Aqui se registra a crítica aos argumentos daqueles que tentam justificar e legitimar a existência de pedágios em São Paulo, fazendo comparações com estradas de outros estados que não têm cobrança de taxas e, no entanto, encontram-se degradadas. Não dá para aceitar não só esse argumento como o “privatismo” irrestrito promovido pelo atual governo. O nosso mandato já apresentou vários projetos de lei para impedir que a farra dos pedágios tenha continuidade em São Paulo, porém a base governista não permite que eles prosperem e sejam, sequer, discutidos e levados para votação.A população deve também se mobilizar e pressionar parlamentares, prefeitos e o próprio governo a pôr fim na “privataria” dos pedágios no Estado de São Paulo. Só a sociedade civil, organizada através de mobilização e manifestações públicas, é que poderá vencer o poderio econômico das concessionárias e obrigar os três poderes a agirem em defesa da população paulista, que já é vítima de uma das cargas tributárias de maior dimensão do mundo sem ter a contrapartida social.
Fonte:Carlos Giannazi é deputado estadual (PSOL) na Assembleia Legislativa de São Paulo.